sábado, 23 de abril de 2011

VIGÍLIA PASCAL: HOJE NA MATRIZ E EM ÁGUA BOA

O papa Bento XVI e o Círio Pascal, que simboliza a LUZ DE CRISTO
Hoje (23), a partir das 20h, na matriz da Paróquia Santo Cura d'Ars e na Capela Nossa Senhora de Lourdes e São José, em Água Boa, haverá a continuidade do Tríduo Pascal, iniciado na última quinta-feira com o Lava-Pés. Hoje, teremos a Missa da Vigília Pascal, que tem um significado muito especial aos cristãos católicos. Abaixo um texto de Marcos Vinícius Faria de Moraes, que nos mostra o significado desta noite.

Missa da Vigília Pascal
A Missa da Vigília Pascal é a solene e festiva do ano, ao som de sinos, órgãos e campainhas, entoa-se o Gloria in excelsis (Glória nas alturas), hino de alegria que até o século XI, os sacerdotes somente nesta Missa podiam cantar. Depois da Epístola, outro brado de alegria ecoa no recinto sagrado: o Aleluia.
A ausência de luzes durante o canto do Evangelho, e a omissão doconfíteor (confessar), introíto (introdução), Credo, ofertório, Agnus Dei(Cordeiro de Deus) e Evangelho Final, espelham a Missa primitiva que não tinha essas partes.
O pensamento dominante da Missa é a comemoração do mistério pascal, como afirma a oração: “Recebei, Senhor, as preces de vosso povo juntamente com a oferta deste Sacrifício, para que os Mistérios Pascais ora iniciados, pela vossa graça nos sirvam de remédio para a eternidade...” (DALBOSCO, 1963, p. 537), mas inspira-se também na presença dos neófitos, que por meio do batismo foram renovados na alma e no corpo e ressuscitaram com Cristo como afirma a Epístola aos Colossenses em 3, 1-4. Procuremos servir a Deus na inocência, e praticar a caridade, vivendo na concórdia como afirma na oração pós-comunhão: “Infundi, Senhor, em nossos corações o Espírito do vosso amor; por vossa bondade fazei que se conservem na concórdia todos aqueles que saciastes com os sacramentos pascais...” (DALBOSCO, 1963, p. 545).
Mais informações sobre o Sábado Santo, no 

Círio Pascal

Entre os ritos da Missa da Vigília Pascal, haverá a bênção do fogo, que antecede à celebração. Para tanto, os coordenadores montaram uma grande fogueira. Após, será acesa a grande vela, denominada Círio Pascal, representando a Luz de Cristo. 
O Círio Pascal é já desde os primeiros séculos um dos símbolos mais expressivos da vigília. Em meio à escuridão (toda a celebração é feita de noite e começa com as luzes apagadas), de uma fogueira previamente preparada se acende o Círio, que tem uma inscrição em forma de cruz, acompanhada da data do ano e das letras Alfa e Omega, a primeira e a última do alfabeto grego, para indicar que a Páscoa do Senhor Jesus, princípio e fim do tempo e da eternidade, nos alcança com força sempre nova no ano concreto em que vivemos. O Círio Pascal tem em sua cera incrustado cinco cravos de incenso simbolizando as cinco chagas santas e gloriosas do Senhor da Cruz.
Na procissão de entrada da Vigília se canta por três vezes a aclamação ao Cristo: "Luz de Cristo. Demos graças a Deus", enquanto progressivamente vão se acendendo as velas do presentes e as luzes da Igreja. Depois o círio é colocado na coluna ou candelabro que vai ser seu suporte, e se proclama em torno à ele, depois de incensá-lo.
Além do simbolismo da luz, o Círio Pascal tem também o da oferenda, como cera que se consome em honra a Deus, espalhando sua Luz: "aceita, Pai Santo, o sacrifício vespertino desta chama, que a santa Igreja te oferece na solene oferenda deste círio, trabalho das abelhas. Sabemos já o que anuncia esta coluna de fogo, ardendo em chama viva para glória de Deus... Rogamos-te que este Círio, consagrado a teu nome, para destruir a escuridão desta noite".
O Círio Pascal ficará aceso em todas as celebrações durante as sete semanas do tempo pascal, ao lado do ambão da Palavra, ate´a tarde do domingo de Pentecostes. Uma vez concluído o tempo Pascal, convém que o Círio seja dignamente conservado no batistério. O Círio Pascal também é usado durante os batismos e as exéquias, quer dizer no princípio e o término da vida temporal, para simbolizar que um cristão participa da luz de Cristo ao longo de todo seu caminho terreno, como garantia de sua incorporação definitiva à Luz da vida eterna.

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